Na noite desta terça-feira (11), a Câmara Municipal de Rosário Oeste viveu uma das sessões mais tensas do ano. Em pauta, a votação que decidiria se as denúncias apresentadas contra a presidência da Casa seriam aceitas para apuração interna.
Dos dez vereadores presentes, oito votaram contra a aceitação da denúncia, sendo eles: Flávio Loureiro, Altamir Nazário, Ângela Godoes, Gilmar Rodrigues, José Gomes, Marta Conceição, Maxmar Cézar e Paulo Augusto.
Apenas Selma Anzil e Edinaldo Gigio votaram a favor de que o caso fosse apurado. O presidente da Câmara, que só votaria em caso de empate, não precisou se manifestar.
As denúncias, protocoladas no dia 6 de novembro pelo morador Francisco Rejanio, apontam suposto superfaturamento em contratos de internet, prestadores de serviço que não comparecem à Câmara, além de diárias e passagens emitidas e não utilizadas. O documento pedia a abertura de uma comissão para apurar as possíveis irregularidades na gestão do atual presidente do Legislativo rosariense.
Durante o uso da tribuna, o vereador Edinaldo Gigio criticou duramente a estrutura e a forma como a Câmara tem sido administrada. Segundo ele, os vereadores não possuem sequer computadores para elaborar projetos de lei, nem salas adequadas para atender os moradores. Gigio classificou a situação como “vergonhosa” e cobrou mais respeito com o Poder Legislativo e com a população.
Com a rejeição da denúncia pelo plenário, o caso agora sai da esfera política e passa a depender exclusivamente da Justiça, que poderá investigar as acusações e decidir sobre o futuro da presidência da Câmara de Rosário Oeste.
Enquanto isso, parte da população demonstra indignação nas redes sociais, cobrando transparência e responsabilidade no uso do dinheiro público. O morador Francisco Rejanio, autor da denúncia, foi parabenizado por sua coragem em expor as supostas irregularidades e reforçou que continuará buscando justiça em defesa do município.

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